Mês passado eu tive a chance de participar de dois eventos muito legas sobre design lá em São Paulo. Viajei para
cobrir essa segunda edição de design weekend e acabei dedicando um dia inteiro para o
MOB. Esses eventos são super importantes pra quem é leigo e triplicamente mais importantes pra quem é profissional da área. É uma atualização intensiva sobre o que está acontecendo no mundo do design fora do escritório, das revistas e da internet. Comentei muita coisa lá no meu outro blog – o opinião da designer (que é um blog mais informal), mas várias coisas eu deixei de comentar porque não seriam tão interessantes para esses leitores. Aqui meu objetivo é compartilhar as minhas atualizações profissionais por completo, então eu não poderia deixar passar em branco.
Design weekend 2013
Vários eventos independentes aconteceram em São Paulo nesse período fazendo parte da programação oficial do design weekend. Obviamente eu não visitei todos, mas deu pra conhecer várias lojas, participar de workshops e visitar intervenções e feiras. Seguem algumas das coisas que eu vi por lá:
Foto1: Boskke. O design desse produto é muito simples e estou louca pra especificar em algum projeto. Esse vasinho, chamado Sky Planter tem um sistema de irrigação SLO-FLO, em que a água é passada gradualmente para a raíz da planta. Isso faz com que você precise regar com menor frequencia e possa pendurar em ambientes internos (não fica pingando!).
Foto2: Teliê. Eles trabalham com criação de estampas e produzem uma mais linda que a outra! Além de terem uma linguagem super descontraída, que é algo que eu adoro em empresas.
Foto3: Daniele Drummond. Eu conheci essas cubas na expo revestir do ano passado, mas lá estavam elas expostas de novo! São cubas (e tem outros produtos menores) de cerâmica feitas à mão, ou seja, cada peça é única.
Foto4: Lupi design. Criam estampas (LIN-DAS) para tecidos, mas tem diversos outros produtos de ótima qualidade com essas mesmas estampas.
Foto5: Exposição da loja By Kamy sobre a China. A foto em questão representa a cidade de Pequim com suas luzes noturnas e foi produzida com canudinhos!
Foto6: Paula Boldarim. É uma loja que trabalha principalmente com madeira de demolição. No caso da foto, ela criou esse painel com restos de madeira, sem modificar absolutamente nada! A loja fica na Vila Madalena e tem um conceito muito sustentável.
Foto7: Studio Khor. Parece ferro, mas é madeira! A técnica eu não sei, é o segredo eles, mas que fica perfeito, fica. E o designer é muito simpático (chama Kleber)!
Foto8 e 9: Estúdio manus. É uma mistura de ateliê, loja e galeria. Eu fui lá conhecer a nova coleção inspirada nos flamingos e fiquei encantada com esse potinho! Outra coisa que eu adorei foi esse arranjo de flores tão simples e ao mesmo tempo tão elegante…
Fernando Jaeger, Lucila Turqueto (do blog casa de Valentina), Diana joppert (Branding & Communication da Oppa) e Juliana Moriya foram alguns dos nomes que palestraram. Nessa conferência muito se falou sobre economia criativa e valorização do design brasileiro. A programação foi dividida em quatro blocos:
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Design for all – Uma reflexão sobre a transversalidade do design e os vários aspectos de sua abrangência: Bom design é bom negócio!
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Design fashion – A moda comunica comportamentos sociais e valores culturais: Representa o contexto histórico, com seus vários componentes, seus mútiplos aspectos e em sua representatividade na sociedade contemporânea.
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Design casa – O que rodeia o homem em seu universo particular: A sua casa. O direito inquestionável á habitação e o que constitui o reflexo de sua identidade cultural e de seu patrimônio social: O seu conteúdo.
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MOB inovação – A ação do design, enquanto processo e produto, traz um rico conteúdo discutir a representatividade, enquanto agente catalizador no desenvolvimento econômico, social, cultural.
Infelizmente, ao invés de fazer anotações eu escolhi gravar o áudio com o iPod, mas o resultado foi um monte de chiados. Então, vou comentar só algumas coisas de memória mesmo! Gostei muito dos argumentos do
Fernando Jaeger. Para a criação dos produtos dele, ele mencionou ter levado em consideração o desejo de, por exemplo, ter um bom sofá com um bom design, mas que ele pudesse pagar. Eu sigo a ideia de que pra ser design não precisa ser de marca e nem ser caro, por outro lado, nem tudo que a gente pode considerar design, tem um bom design. E muitas das vezes o bom design custa caro. Essa abordagem permeou toda a conferência, levando em consideração não só o preço e a qualidade do produto, mas a questão de ser nacional e de ser sustentável. Foi incrível ver pessoas tão apaixonadas por design quanto eu seguindo o mesmo pensamento que eu costumo defender.
Os cursos de design também foram fortemente mencionados e criticados de certa forma. Há uma certa deficiência na maioria dos cursos, mesmo que seja praticamente impossível ter um curso de design completo, considerando que para sermos bons designers é necessário saber um pouco de muitos outros assuntos, como finanças, mercado, sociologia, tecnologia do consumo e etc. A
Juliana Moriya é uma estilista que tem uma grife com o próprio nome. Fiquei encantada com a
coleção de vestidos estampados com fotografias das cidades asiáticas! Além disso ela trabalha com um design atemporal, visando cortes que não saiam de moda tão cedo. Ah, e ela se inspirou no Niemeyer para criar alguns de seus modelos…
Nilson Violato estava lá representando o Senai, e falou sobre uma pesquisa chamada Biomas do consumo que foi realizada aqui no brasil e em vários estados. Ganhamos o livro com a pesquisa na íntegra que eu comento aqui assim que terminar de ler.
A conferência terminou com ótimos argumentos de Lincoln Seragini (Seragini design).
E eu saí de lá inspirada.Gostaram? Pra acompanhar os eventos do ano que vem é só ficar de olho no
site do design weekend!
Até o próximo post!
{fonte: asmiossec}
{fonte: toothpicnations}
{fonte: dezeen}
{fonte: instagram @alghalia_interiors}
{fonte: instagram @agassini} 
{fonte: instagram @elleinterior}
